Aspectos ligados à situação económica, social e tecnológica estiveram no centro do encontro entre a vice-presidente do MPLA e os parceiros das instituições cristãs e ex-conselheiro do então Presidente do Senegal.

Na primeira audiência, Luísa Damião reuniu-se com a mandatária da Igreja Pentecostal Fé e Libertação, Ernestina da Silva Diogo Matias, que sublinhou, em declarações à imprensa após a reunião, que a sua congregação religiosa tem ajudado a minimizar a situação social em algumas partes do país, com atribuição, por exemplo, de cestas básicas a famílias vulneráveis.

Entretanto, para Ernestina da Silva Diogo Matias, é preciso fazer muito mais para que as pessoas deixem de passar fome, o país deve voltar-se à agricultura para que a população tenha uma alimentação regular.

"Temos, no entanto, de começar a formar, pelo menos, quadros no sector da Agricultura. Portanto, é imprescindível fazermos qualquer coisa para solucionarmos os problemas que afligem este país", apelou.

O fundador e presidente da Igreja Maná no Mundo, Jorge Tadeu, que também foi recebido pela vice-presidente do MPLA, explicou que abordou com a dirigente partidária questões económicas, concretamente a nível dos investimentos em determinadas áreas.

Neste contexto, Jorge Tadeu disse que pretende juntar empresários de vários países, que conhecem a realidade angolana, para fazerem parcerias com os empreendedores nacionais, uma vez que há muitas oportunidades no mercado local que podem ser concretizadas.

"Angola é um território enorme e não falta nada. Tem riquezas, como o mar, terrenos para a agricultura, indústria e, também, diverso gado para levar às pessoas proteína animal. A economia angolana estava mais dependente do petróleo, mas o Governo decidiu, como é evidente, alargar para outros sectores, que é preciso apoiar com a vinda ao país de investidores”, salientou.

Por último, a vice-presidente do MPLA recebeu Iboun Taimiya Syla, ex-conselheiro do Presidente do Senegal, que referiu ter discutido com Luísa Damião sobre aspectos ligados à economia digital.

Iboun Taimiya Syla avançou que o desenvolvimento de Angola, em particular, e dos países africanos, em geral, passa, necessariamente, pela economia digital. Fez saber que para que isso ocorra é preciso criar parcerias com Angola no sentido de não ficar para trás naquele sector que se considera importante para a evolução das nações na era da globalização.

"O Senegal é um dos países em África que está a liderar a economia digital e a sua experiência pode ser partilhada com Angola. Por isso, temos que investir cada vez mais na economia digital, porque isso pode gerar empregos infinitos", disse a finalizar.