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O Presidente queniano, William Ruto, anunciou, sábado, a trágica morte, na quinta-feira, na queda de um helicóptero, do chefe do Exército, Francis Omondi Ogolla, e nove outros militares, no cumprimento de uma missão de avaliação das actividades combativas a bases próximas da capital Nairóbi.
Os oficiais militares deslocavam-se bases no Oeste do país, a 400 quilómetros de Nairóbi, a capital do Quénia, nomeadamente para "visitar e avaliar o grau das tropas destacadas no North Rift, no âmbito da operação Maliza Uhalifu" ("acabar com o crime" em suaíli), destinada a combater os grupos de criminosos que semeiam o terror na região.
Francis Omondi Ogolla, 61 anos, foi nomeado chefe das Forças Armadas em 29 de Abril de 2023 por William Ruto. Algumas semanas mais tarde, Ruto defendeu a sua escolha, respondendo àqueles, incluindo no seu círculo íntimo, que acusaram Francis Omondi Ogolla de tentar impedir a sua vitória nas eleições presidenciais de Agosto de 2022.
O presidente da Comissão Eleitoral (IEBC), Wafula Chebukati, tinha afirmado que o então número dois do exército fazia parte de um grupo de pessoas que lhe tinham pedido para não declarar William Ruto vencedor contra Raila Odinga. "Quando vi o seu currículo, ele era a melhor pessoa para ser um) general”, disse William Ruto à imprensa na altura. Formado na Escola Militar de Paris e no Colégio de Defesa Nacional do Quénia, Ogolla iniciou a sua carreira na Força Aérea em Abril de 1984, segundo o site do Ministério da Defesa queniano.
Chuvas fazem 32 mortes e 40 mil deslocados em zonas do Sul do Quénia
Pelo menos 32 pessoas morreram e mais de 40 mil foram deslocadas, desde o fim de Março, devido às fortes chuvas no Quénia, disse, ontem, o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).
Num relatório baseado em dados da Cruz Vermelha e das autoridades quenianas, o OCHA afirmou que 103.485 pessoas foram afectadas, incluindo 40.265 deslocadas, em 21 dos 47 condados do país. Mais de 900 cabeças de gado morreram e 24.010 acres (9.716,5 hectares) de terras agrícolas foram destruídos pela subida do nível das águas. "Também foram registados danos em escolas, fontes de água e estradas principais", afirmou o OCHA.
As áreas mais propensas a inundações incluem o Oeste do Quénia, ao longo de lagos e rios na Baía de Homa, Siaya, Busia, Nyando, Nyakach e Muhoroni, e áreas baixas nos condados do Sul de Narok, Kajiado e Mombaça. As inundações também podem ocorrer em áreas montanhosas tradicionalmente propensas a deslizamento de terra, especialmente nos condados de Makueni (Sul), Nyeri (Centro), Muranga e West Pokot (Oeste).
"As comunidades que vivem em zonas propensas a inundações foram aconselhadas a deslocar-se para terrenos mais elevados", sublinhou a agência da ONU. Estes incidentes ocorrem depois de o fenómeno meteorológico El Niño (uma alteração da dinâmica atmosférica provocada por um aumento da temperatura do Oceano Pacífico) ter provocado, no fim do ano passado, inundações repentinas que mataram mais de 170 pessoas, inundaram planícies, deslizamento de terras, perda de gado e destruição de culturas e infra-estruturas no país.
Estas inundações vêm na sequência da pior seca no Corno de África das últimas quatro décadas, provocando escassez de água que deixou a Somália à beira da fome e 6,6 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda, segundo a ONU. A estação chuvosa no país deverá durar até Maio.
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