Economia

Oxford Economics prevê aumento de investimentos e da receita fiscal

A consultora Oxford Economics prevê que a economia de Angola cresça 2,2 por cento, este ano, sustentada por um ligeiro aumento da produção e investimentos na produção petrolífera e mais receita fiscal.

02/05/2024  Última atualização 13H50
Política macroeconómica angolana está a melhorar o ambiente de negócios © Fotografia por: Vigas da PuriFICAÇÃO | EDIÇÕE NOVEMBRO

"Depois de um lento crescimento económico de 0,9 por cento em 2023, prevemos uma expansão moderada no PIB real de 2,2 por cento este ano, alicerçado num pequeno aumento da produção de crude, melhor despesa orçamental assente em maiores receitas petrolíferas, e melhores condições para investimentos na refinação petrolífera, exploração mineira e infra-estruturas de energias renováveis", escrevem os analistas.

As perspectivas da consultora britânica são melhores que os números apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística de Angola, que apontam para um crescimento em 2024 abaixo de 1,0 por cento.

O departamento africano desta consultora britânica sustenta a sua avaliação prevendo que "a produção petrolífera deverá aumentar para 1,12 milhões de barris por dia, um aumento face aos 1,10 produzidos no ano passado", essencialmente devido ao final das obras de manutenção no campo Dalia, no primeiro trimestre do ano passado, que "fez a produção de petróleo recuperar de forma sustentada". Na análise ao crescimento económico de Angola em 2023 e este ano, a Oxford Economics aponta que "a produção petrolífera deverá também beneficiar da adição de alguns novos poços no final deste ano e da saída de Angola da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)", que fez com que deixe de haver limites administrativos à produção de petróleo neste país africano lusófono. Apesar das boas notícias do lado Petrolífero, o sector que mais contribui para o crescimento económico de Angola, os analistas admitem que a previsão de crescimento de 2,2 por cento pode ser diminuída devido ao impacto da inflação na despesa das famílias.

"O contínuo crescimento da inflação este ano vai influenciar negativamente a despesa dos consumidores e das empresas, e é um dos principais riscos para o crescimento económico", concluem os analistas.

Previsões

Nos Encontros da Primavera, este mês em Washington, o Fundo Monetário Internacional reviu a previsão de crescimento de Angola para 0,9 por cento em 2023 e 2,6 este ano, devendo acelerar para 3,1 em 2025.

Sobre a inflação, a previsão do Fundo Monetário Internacional é que os preços subam 22 por cento este ano e 12,8 em 2025, depois de terem registado um aumento de 13,6 por cento em 2023.

Na África subsaariana, o crescimento deverá aumentar de 3,4 por cento previstos em 2023 para 3,8 por cento em 2024 e 4,0 por cento em 2025, "com os efeitos negativos dos choques climáticos a manterem-se e os problemas nas cadeias de fornecimento a melhorarem gradualmente", diz o Fundo.

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