Especial

Os ganhos da Independência na voz da população

O Jornal de Angola foi às ruas de Luanda perguntar às pessoas o que representa, para elas, a proclamação da nossa Independência.

13/11/2023  Última atualização 07H45
© Fotografia por: DR

A 11 de Novembro comemorou-se a Independência de Angola, um momento  histórico que proporcionou muita alegria a todos os cidadãos angolanos, porque  nesta data foi proclamada a tão sonhada emancipação de Angola.

A partir desse dia, o país tornou-se livre da opressão colonialista portuguesa.

O relógio marcava 00h00 quando, em Luanda,  aquele que era o líder do MPLA, António Agostinho Neto, proclamou solenemente, em nome do povo angolano, a Independência de Angola perante África e o mundo.

Assim nascia uma nova nação, a República Popular de Angola. Para conquistar a liberdade, muitos homens perderam a vida. Os nacionalistas enfrentaram com bravura os colonialistas portugueses,   romperam as cadeias e venceram o inimigo.

O Jornal de Angola foi às ruas de Luanda perguntar às pessoas o que representa, para elas, a proclamação da nossa Independência.


José Ventura
Sociólogo

O 11 de Novembro, como angolano e cidadão deste país, representa, para mim, tudo e muito mais. Esta data é o marco histórico constitutivo de Angola como nação. Enquanto nação em construção, começámos a dar os primeiros passos a partir do momento em que edificamos a nossa soberania, ou seja, a independência. Portanto, este dia representa a constituição da nossa identidade como nação independente, soberana, progressista, uma nação que concorre, avança e corre para o desenvolvimento.

Obviamente, o nosso país depois da independência viveu momentos muito amargos, que nos custaram muito caro, mas foram erros cometidos pelos nossos mais velhos, mas que podem ser corrigidos e ultrapassados olhando para a frente.

No entanto, é importante aqui dizer que o 11 de Novembro de facto representa, para mim, a liberdade, o respirar de ares refrescantes que me levam para o desenvolvimento. Neste espírito de paz, auguro a todos os compatriotas angolanos uma data celebrativa e que se reflicta de facto o rumo que queremos que a Angola tome.


Osvaldo Ngola
Professor Universitário

O processo de luta de libertação que culminou com a proclamação da Independência Nacional, no dia 11 de Novembro de 1975, representa um valor histórico imenso na edificação desta Angola que acolhe todos os seus filhos sem diferença.

É importante que os jovens compreendam que a independência nacional é um património que a sua preservação deve ser uma responsabilidade quotidiana de todos.

Passados 48 anos, desde a referida proclamação, é mais do que na altura, para que no espírito de unidade reflictamos o rumo do país e conjuguemos os esforços para fazer de Angola um país cada vez melhor de se viver.

Com isso, é fundamental olharmos para este dividendo como uma oportunidade para continuarmos com os propósitos do Estado angolano, fundados pela independência.


Domingas Monteiro

Docente

A independência do nosso país será sempre um marco, um grande ganho para todos nós angolanos.

Nessa altura, nessa data, em 1975, conquistamos a nossa liberdade, a nossa independência do jugo colonial, das atrocidades do sistema colonial em Angola.

  Logo, esta data deve trazer um sentimento de alegria, felicidade e também de reflexão sobre aquilo que são os grandes ideais do nosso país, os grandes ideais do nosso povo, aquilo que queremos enquanto nação, enquanto povo e também as contribuições que podemos dar para o nosso continente, começando por África e a volta do mundo enquanto nação. 

Enquanto país, olhando também para aquilo que são as nossas necessidades, os nossos assuntos, as nossas coisas, trabalhando nelas passo a passo, a fim de conquistarmos cada vez mais a alegria do povo, a alegria de Angola, embaçada no ideal de um só povo, uma só nação de Cabinda ao Cunene.


Dulce Guilherme

Estudante

Embora, do ponto vista social, ainda vivamos momentos muito difíceis, mas isto não nos pode impedir de celebrarmos a nossa independência, como os mais velhos no passado recente o fizeram. Portanto, o 11 de Novembro significa o começo, o princípio do desenvolvimento de uma Angola melhor após um período longo de guerra e opressão. Deste modo, é dever de todos nós continuar preservar esta paz e liberdade que vivemos nos dias de hoje.


Mikha Longa Kwakundji

Professor

A independência representa, de facto, a nossa liberdade, soberania nacional, e o poder que o povo angolano tem de tomar as suas próprias decisões de dar os seus passos sem necessidade de consultar a outros, entender-se a si próprio e poder caminhar para a frente.

 Um dos ganhos da independência, sobretudo feito pelo Estado angolano, foram as construções das centralidades, é preciso que o Estado olhe para isto com maior atenção, que se construam mais centralidades e que se aumentem as habitações nas centralidades já existentes, tendo em conta os espaços que ainda restam.

Há necessidade do Estado criar políticas e conjugar esforços de empregabilidade para os jovens sendo a maior franja do país, anos 2001, 2000, até 2010, houve um grande aumento de oferta de empregos no país, por isso é necessário que haja política de incentivo para a empregabilidade e para a diversificação da economia.


Joelcio Baptista

Engenheiro Mecânico

A minha abordagem sobre a importância da preservação da independência de Angola parte de um princípio que é da valorização e o respeito que se tem por todos, não só os que estavam na frente de combate, como quem estava também à retaguarda. Mas, digo que precisamos de olhar mais a fundo da nossa história, devemos enaltecer todos aqueles que, sem medo, lutaram pela independência do país.

Temos de valorizar todos os dias da nossa vida esta liberdade que foi conquistada com derramamento do sangue dos nossos antepassados.

Penso que a memória destes heróis precisa de ser honrada com estatuetas em praças públicas ou em museus.


Helmo Jaimes

Gestor Financeiro

A independência é resultado do processo pré-colonização e do processo pós-colonização. Ou seja, o processo de aculturação, dentro do ponto de vista da sociedade, político, econômico e administrativo que nos foi coercitivamente imposto.

O período pré-colonização teve um grande foco naquilo que são os nossos valores, a nossa língua, a nossa crença, os hábitos e costumes. É necessário que se faça uma resenha sobre o processo de independência, e da consequência da colonização em Angola.

Para tal, é preciso que a partir da base se coloque o conceito de independência e que se crie mais dinâmica e mecanismos, para que o historial do processo de independência esteja na base. É necessário ainda que se fale mais da importância e da valorização daqueles que lutaram por nós, que deram mais de si para que hoje tivéssemos paz.


Carolina Lisboa

Fisioterapeuta

O dia 11 de Novembro simboliza um novo amanhecer para todos angolanos e a esperança de dias melhores.

" Mas penso que a data merecia ser mais bem valorizada, Angola deve viver todas as promessas feitas no dia da proclamação da independência”.Os melhores filhos de Angola tiveram de trabalhar arduamente, e com todos os meios ao seu alcance, para a conquista da liberdade e autodeterminação do povo angolano, uma vez que já estavam cansados da opressão colonial.

Precisamos de destacar mais as figuras de Ngola Kiluanje, Jinga Mbandi, Mutu Ya Kevela, Mandume e Ekuikui, que lutaram contra a ocupação colonial, continuada mais tarde por Hoji-Ya-Henda, Agostinho Neto, Tchiweka e tantos outros heróis que deram tudo de si pela liberdade dos angolanos.

Por outro lado só temos que desfrutar a nossa liberdade pois muita coisa boa já foi feita e a grande obra de pacificação e reconciliação realizada nos últimos anos fez renascer uma nova Angola que todos aspiramos que seja um bom lugar para viver.

Porém há ainda muito o que se fazer desde a reabilitação da rede de estradas nacionais, pontes, aeroportos, caminho-de-ferro, universidades, hospitais, escolas do primeiro e segundo ciclos e postos de saúde.


Emerson Narciso

Professor

Este dia para mim representa um novo recomeço e a glória do povo angolano porque a partir desta data nos foi restituída a liberdade de pensar Angola do jeito que desejamos. O dia 11 de Novembro é e foi um projecto dos angolanos, felicito todos que lutaram para a libertação da opressão colonial que proporcionou aos angolanos novas esperanças e o direito de construir o país depois de vários anos de colonização.

Devemos recordar com alegria, pois sem a paz, ainda veríamos muito sangue derramado. Os reconhecimentos são para todos aqueles que lutaram, foram importantes para poder atingir este efeito. A sua união foi necessária para atingir este efeito. Falo também de todos que presenciaram esta árdua luta.


Fernando Barros

Técnico administrativo

A Independência representa um ganho e autonomia soberana do país. Porque a nação vive livre da opressão colonial. Com o ganho da autonomia, o país alcançou um avanço significativo no domínio das infra-estruturas, do desenvolvimento social, com a construção de mais escolas, de hospitais e aeroportos.

 Com o fim dos conflitos armados e com o alcance da paz definitiva, o país começou a erguer-se em vários sectores, desde o sector de Educação, Saúde, tecnologia, estradas e telecomunicações, construções de barragens assim como as vias de comunicação terrestre que tem unido o país e facilitado o acesso e movimento de pessoas e bens.


Domingos Canda

Professor

Com o renascer da nova Angola livre e soberana da pressão colonial, a independência representa a liberdade e um ganho para toda a Nação.

Após quatro décadas conseguimos obter a paz definitiva depois dos conflitos armados, o país deu passos importantes e significativos em vários sectores " sentimos o crescimento a nível do sector da Saúde, Educação e não só” apesar desse engrandecimento, todos têm a obrigação de participar e fazerem muito mais para o progresso contínuo.

 Apesar de a independência trazer muitos benefícios e esses reflectirem em cada um, ainda é necessário fazer mais, o Executivo e a sociedade, em geral, devem estar comprometidos para  que todos possamos trabalhar no sentido de melhorar as condições de vida da população e no desenvolvimento do país.


Cândida Alexandre

Médica Interna de Cirurgia Oncológica

O 11 de Novembro é sem dúvida um legado histórico para todas as gerações de Angola.Falar da independência gera uma satisfação enorme, pois vai muito além da libertação de uma nação, é sobre a libertação de um indivíduo em particular para poder criar e crescer. Com a independência de Angola foi possível um desenvolvimento socioeconómico, jurídico e cultural visível e palpável por todos os angolanos. Aprendemos a pensar e agir de maneira autónoma, tornando-nos um povo mais sólido e confiante.


José Cuela

Funcionário Público

Relativamente à Independência Nacional, considera-se que foi um dos maiores ganhos, a partir da liberdade o povo angolano tornou-se o dono

do seu próprio destino. Porque antes do alcance, o país sempre foi governado e gerido pelos colonizadores portugueses, sendo, na altura, uma província ultramarina de Portugal e os nossos destinos estavam na mão dos portugueses. Por tanto em 1975 Angola tornou-se uma nação livre.Passámos a definir a nossa direcção, avançámos para a fase da reconciliação e reconstrução do país. Com a paz definitiva, o país está em franco desenvolvimento e isto é reconhecido pelas outras nações internacionais. Nota-se o progresso em tecnologia, na formação académica e profissional, nota-se um país sólido, com futuro e temos um Estado que agora é legitimado através da eleições que são realizadas de cinco em cinco anos, e o país, tem, neste momento, uma governação que pensa e trabalha  em prol do desenvolvimento económico, social, traçando políticas de melhoria de condições de vida das populações.

Manuel Marques

Ensaísta

Para mim, o 11 de Novembro representa o culminar de todo um processo de luta em prol da autodeterminação do nosso povo. No entanto, passados 48 anos, a nova geração ainda não sente que os objectivos que nortearam esta luta tenham sido realmente alcançados. Por tanto, espero que possamos todos reflectir de modo a construir uma Angola melhor e superar os desafios que permanecem enormes em vários sectores no país referentemente à Educação, Saúde, Economia e a alimentação a fim de garantir melhor qualidade de vida para o cidadão.

Celeste de Melo/Madalena Quissanga/Maria Hengo

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