Economia

Galp necessita de parceiro para descoberta na Namíbia

A petrolífera portuguesa Galp Energia vai necessitar de um parceiro para desenvolver uma prolífica descoberta de petróleo na Namíbia, já que está "além dos seus meios financeiros" manter uma participação de 80 por cento no bloco de exploração que inclui o campo de Mopane, disse, ontem, o presidente executivo da companhia, Filipe Silva.

01/05/2024  Última atualização 11H17
Petrolífera considera activo namibiano grande demais para investir de forma isolada © Fotografia por: DR

"Vamos priorizar um parceiro que esteja interessado em desenvolver rapidamente as perspectivas e que financie o investimento”, disse Filipe Silva numa teleconferência com analistas.

A empresa afirmou, na semana passada, ter concluído a primeira fase de exploração do campo de Mopane e estimou que poderá ter pelo menos 10 mil milhões de barris de petróleo.

Fontes citadas pela Reuters disseram, naquela ocasião, que a Galp lançou a venda de metade da sua participação de 80 por cento no bloco de exploração.

"Estamos confiantes de que a Namíbia trará outra avenida de crescimento estimulante para a Galp”, disse o presidente executivo, acrescentando que o complexo de Mopane "vai ser um desenvolvimento múltiplo de FPSO” que exigiria dezenas de milhares de milhões de dólares, o que "não se espera que seja financiado pela Galp".

FPSO são plataformas de produção e armazenamento baseadas em navios. "É fundamental que o mercado entenda que quando começamos com uma participação de 80 por cento, temos muita margem de manobra para diminuir, ser diluído ao longo do tempo e trazer parceiros para financiar o projecto”, disse Filipe Silva.

A Galp também está envolvida num projecto multibilionário de gás natural na bacia do Rovuma, em Moçambique, lembrou Filipe Silva. A companhia detém uma participação de 10 por cento num consórcio de exploração de gás natural na Área 4 do Rovuma, na região Norte de Moçambique de Cabo Delgado.

O principal accionista, com uma participação de 70 por cento, é a moçambicana Rovuma Venture, constituída pela Exxon Mobil Corp, a italiana ENI e a China National Petroleum Corporation (CNPC). A Kogas da Coreia e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique ENH têm 10 por cento cada.

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