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Cuando Cubango regista menos mortes por malária

As unidades sanitárias do Cuando Cubango registaram, durante o primeiro trimestre deste ano, 102.230 casos de malária, que resultaram em 67 óbitos, informou, domingo, o director do Gabinete Provincial da Saúde.

06/05/2024  Última atualização 09H09
Hospital de Menongue tem o maior número de óbitos pela doença © Fotografia por: Edições Novembro

João Chihinga explicou que o município de Menongue lidera as estatísticas com 74.449 casos de malária e 56 óbitos, seguido das localidades de Mavinga, com 10.026 ocorrências e cinco mortes, e Cuito Cuanavale, com 7.425 doentes diagnosticados e três óbitos.

Os municípios com menos casos de malária, disse, são o Cuchi, com o registo de três mortes pela doença, o Dirico, Calai Nancova, Rivungo e Cuangar, estes sem casos de óbitos.

Em relação ao mesmo período do ano passado, avançou, as unidades sanitárias do Cuando Cubango registaram um total de 66.554 casos de malária, dos quais 77 resultaram em óbito. Acrescentando que houve um aumento de 35.676 casos de malária e uma redução de 10 óbitos.

Apesar de se registar uma diminuição no número de mortes, explicou,  a situação ainda é bastante preocupante e o Gabinete Provincial da Saúde na província do Cuando Cubango continua a trabalhar no reforço da prevenção.

O Gabinete Provincial da Saúde, realçou, tem criado políticas de mobilização e sensibilização da população sobre as formas de prevenção do contágio da malária, sobretudo nos municípios que fazem fronteira com a Namíbia e Zâmbia, nomeadamente o Cuangar, Calai, Dirico e Rivungo.

A instituição, referiu, tem estado a promover também seminários de refrescamento aos técnicos de Saúde, para melhorar a assistência médica e medicamentosa da população.

Em relação à distribuição de mosquiteiros, João Chihinga explicou que têm entregado em todos os municípios, sobretudo às mulheres grávidas e crianças menores de cinco anos de idade. Assim como contam com os Agentes de Desenvolvimento Comunitário (ADECOS) para ajudarem nesse processo.

Apoios

No momento, assegurou, a província do Cuando Cubango tem "stock” suficiente de medicamentos para o tratamento da malária em todas as unidades sanitárias nos nove municípios.

O director salientou que a população ainda carece de educação sobre informações básicas de prevenção da malária, mas apesar disto tem ajudado e colaborado de uma forma muito significante para reduzir os casos da doença.

João Chihinga lamentou o facto de se registar ainda muitos casos de pessoas que insistem em fazer tratamento da malária com medicamentos tradicionais e que só procuram uma unidade sanitária quando o quadro clínico se agrava. Acrescentando que muitos casos são os que terminam em óbitos.

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