Banco de Comércio e Indústria (BCI) vai apresentar, no próximo dia 20 deste mês, a sua nova marca e imagem corporativa, segundo uma nota de imprensa.
Três acordos de cooperação nos domínios financeiro, agrícola e da indústria transformadora foram assinados esta sexta-feira, entre a Angola e o Sultanato de Omã, numa cerimónia que decorreu no Palácio Presidencial.
Angola tem, doravante, responsabilidades na gestão dos recursos hídricos internacionais em prol do desenvolvimento económico sustentável, depois de ter assumido na sexta-feira, em Casablanca, Reino do Marrocos, o estatuto de membro de pleno direito da Comissão Hidrográfica do Atlântico Leste (EATHC, sigla inglesa).
A materialização da entrada na prestigiada organização, que congrega os países localizados na região oriental do Oceano Atlântico, é o resultado do excelente desempenho de Angola durante 10 anos na qualidade de membro observador.
A formalização dos termos da adesão de Angola, mediante a subscrição dos estatutos da Comissão, ocorreu durante a 18ª Conferência da Comissão, em que o país foi representado pelo administrador para a Segurança Marítima e Hidrografia, da Agência Marítima Nacional, José Luís Santana.
De acordo com uma nota a que o Jornal de Angola teve acesso, a cerimónia de assinatura dos termos de adesão de Angola contou com a presença do presidente da referida Comissão, que também responde pelo cargo de director-geral dos Serviços Hidrográficos de França, Laurent Kerleguer, na presença de outros membros associados e observadores.
A integração de Angola na Região Hidrográfica do Atlântico Leste representa um marco importante, em função da cobertura hidrográfica da EATHC, onde está inserida a totalidade da extensão ou da província de Cabinda, até ao Rio Congo, na perspectiva do reforço da cooperação bilateral com a vizinha República Democrático do Congo, com vista ao crescimento económico e estabilidade política nos dois países.
José Santana sublinhou, na ocasião, o facto de "a zona concentrar uma grande parte das actividades de exploração petrolífera, com vastas extensões de campos e oleodutos submarinos associados à exploração de petróleo e gás", entre as razões que levam Angola a atribuir relevância à sua entrada como membro de pleno direito naquela organização internacional.
Este novo desafio, asseverou José Santana, "reforça a responsabilidade de Angola”, enquanto Estado-membro da Organização Hidrográfica Internacional no contexto dos compromissos assumidos pelo país ao abrigo da Convenção SOLAS, que obriga à procura das melhores soluções para garantir uma navegação segura e prevenir incidentes ou acidentes que possam pôr em risco vidas humanas e prejudicar o ambiente marinho.
Serviços de cabotagem
José Luís Santana revelou ainda, na cerimónia, que a pretensão de Angola passa também por desenvolver, no curto prazo, os serviços de cabotagem para o Porto do Nóqui, província do Zaire, uma iniciativa que requer a garantia de uma navegação segura, ao longo do Rio Congo, principalmente através da restauração da sinalização náutica, que, segundo referiu, "perdeu-se ao longo dos anos, devido ao vandalismo”.
"Tendo em conta o novo projecto de reabilitação do Porto de Nóqui e o reinício do transporte fluvial de passageiros e de carga, previsto para os próximos anos, vemos como oportunidade realçar o nosso interesse em participar nesta Comissão, com o objectivo de melhorar as condições de navegabilidade desta via crucial para o desenvolvimento sócio-económico e cultural de Angola e da RDC”
O responsável conclui a vaticinar que, por intermédio desta cooperação, "tanto Angola como os seus vizinhos do Norte possam garantir que os recursos marinhos sejam utilizados de forma sustentável”.
Angola é um Estado- membro da OHI desde Dezembro de 2021.
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